O Computador, a Família e a Educação

A Educação e a Tecnologia constituem dois grandes temas que têm envolvido, grandes debates. Debates estes, nos quais se encontram envolvidos três tipos de sujeitos: pais, professores e alunos.
Se por um lado professores e pais se encontram alarmados pelo facto de as crianças/alunos passarem grande parte do seu tempo em frente a uma máquina computorizada - o Computador; por outro lado, as crianças revoltam-se por um lado pelo facto de os seus pais estarem constantemente a impedi-los de desfrutar do computador, por outro revoltam-se com os professores por estes afirmarem que eles se desinteressam das aulas. Contudo, pais e professores não têm noção de que a causa estará centrada neles próprios: os pais por não os ajudarem na exploração do computador, e os professores por ainda recorrem muito aos métodos de ensino tradicionais, tal como Papert refere "O que os pais precisam de saber sobre computadores não é a realidade sobre computadores, mas sim sobre a aprendizagem" (Cap. I, Pág. 30)
É certo que o computador pode criar uma certa dependência e isolamento familiar, mas se pais e professores sentem este facto, porque não seguem a ideologia Seymour Papert: porque razão pais e professores em vez de criarem aversão ao computador, não se aproximam dos seus filhos e alunos, de modo a desenvolverem o trabalho em conjunto?
Só assim existirá uma aproximação entre ambos os intervenientes, levando a que os pais e professores aprendam a explorar o computador e os filhos aprendam a pesquisar alguns conhecimentos que os pais lhes poderiam transmitir pela leitura de um livro, ou outro tipo de actividade.
É importante pensarem neste assunto, e reflectirem também, que muitas das crianças deficientes e das crianças ditas normais superam as suas grandes dificuldades de aprendizagem, através do manuseamento do computador.