quinta-feira, fevereiro 03, 2005

Os livros serão ou não suplantados pelos novos produtos da tecnologia?

Quando analisamos os avanços da tecnologia nos sectores da informação e comunicação e a sua relação com os livros/a prática de leitura e escrita, temos tendência a pensar numa extinção do livro.

Contudo, tal situação não é real, pois o livro tal como outros meios de leitura e de escrita, constituem um produto da tecnologia.

Curiosos? Então vou-vos contar a história da leitura e da escrita:

No ano 105, o chinês Cai Lun inventou um dos produtos da tecnologia ? o papel. Este constituiu o principal meio para a disseminação do livro impresso no mundo.

Para além do chinês, também os árabes contribuíram grandemente para esse feito, na medida em que através da aprendizagem da técnica dos chineses, garantiram a difusão do livro por todo o continente europeu.

A tecnologia possibilitava assim, que muitos meios fossem desenvolvidos pelas civilizações na tentativa de registrar seu quotidiano:

Os egípcios - utilizavam o junco para a confecção de seus rolos de papiro;

Os Astecas e os Maias usavam uma segunda camada da casca das árvores;

Os romanos faziam uso de placas de madeira;

Os Sumários registavam o seu dia a dia em "livros" de argila;

Com a evolução e na idade média, os escritos passaram a ser grafados em pergaminhos feitos com peles de animais.

No século VIII, a tecnologia voltava a inovar. Surge portanto, na China a técnica da impressão. Tratava-se de uma máquina rudimentar que posteriormente foi aperfeiçoada pelo impressor chinês Pi Ching. Este em 1041 inventou uma forma de imprimir letras sobre folhas de papel.

Por volta de 1445, Gutenberg projectou uma imprensa com capacidade de produção até mais ou menos meio milhão de livros, (antigamente o valor mais alto atingido tinha sido os 30 mil exemplares) o que permitiu que o valor monetário destes baixasse, permitindo assim um maior acesso à leitura por parte de toda a população.

Deste modo, podemos concluir que não é necessário falar das maravilhas da informática nem mesmo da concretização do sonho da aldeia global- a Internet, para verificarmos a importância da tecnologia. Basta portanto, observar que ao longo da trajectória do livro e das práticas de leitura e escrita, a tecnologia desempenhou um papel fundamental.



Já alguma vez tinham pensado nisto?